O ministro defendeu que a nova aeronave presidencial possua uma maior autonomia de voo
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, manifestou seu apoio à substituição da atual aeronave presidencial após um incidente técnico ocorrido durante a visita oficial ao México. Assim como o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Antonio Amaro, Múcio defende que o novo avião possua uma maior autonomia de voo.
Atualmente, o avião presidencial possui uma autonomia de 11 mil quilômetros e pode transportar até 45 ocupantes, incluindo passageiros e tripulação. Essa capacidade exige que, em viagens para destinos distantes, como o Leste Europeu ou a Ásia, aconteçam duas ou três paradas para reabastecimento.
Nova aeronave
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá decidir sobre a aquisição de uma nova aeronave após retornar a Brasília, ao término do primeiro turno das eleições. Enquanto isso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está no México para conduzir uma investigação e determinar as causas da pane que forçou o pouso emergencial do avião presidencial.
De acordo com a CNN, não há ainda previsão para a divulgação de um relatório preliminar sobre o ocorrido. Durante o incidente, a aeronave precisou sobrevoar a Cidade do México por aproximadamente cinco horas a fim de reduzir o peso através da queima de combustível antes de realizar um pouso seguro. O problema técnico envolveu uma anomalia em uma das turbinas, resultando em alta vibração após a decolagem.
O modelo A-319 é utilizado nas viagens internacionais mais longas, como a que aconteceu para a Cidade do México. A compra dele ocorreu em 2004 por US$ 56,7 milhões (equivalente hoje a cerca de US$ 96,4 milhões). A compra seguiu-se a um incidente semelhante com uma aeronave usada pelo então vice-presidente Marco Maciel em 1999.
No ano passado, foi conduzido um estudo sobre a possibilidade de substituição do atual avião da Força Aérea Brasileira. Segundo estimativas dos assessores governamentais, as opções mais econômicas poderiam variar entre US$ 70 milhões e US$ 80 milhões. No entanto, o adiamento da decisão aconteceu após deputados da oposição terem iniciado ações judiciais preventivas contra a aquisição de uma nova aeronave.