Para atender a demanda de brasileiros repatriados, seria necessário pelo menos 24 viagens com a aeronave da FAB
A complexa operação de repatriação dos cidadãos brasileiros localizados no Líbano enfrenta desafios significativos devido a restrições logísticas e de frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A FAB dispõe de apenas duas aeronaves KC-30, anteriormente conhecidas como Airbus A330-200, cada uma com capacidade para transportar 230 pessoas, com dez tripulantes. A missão de resgate usará os aviões como transporte.
Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil registrou pedidos de repatriação de aproximadamente três mil cidadãos brasileiros que desejam retornar ao país. De acordo com a CNN, para atender a essa demanda, seriam necessárias pelo menos 14 viagens com os KC-30. Entretanto, um dos aviões está em manutenção, complicando ainda mais a logística já limitada.
Além dos desafios enfrentados pela operação de resgate, surge outra preocupação para o governo brasileiro: a iminente viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Rússia para participar da cúpula dos Brics, agendada para o dia 20 deste mês. O avião presidencial sofreu uma avaria técnica recente durante uma decolagem na Cidade do México e encontra-se atualmente em manutenção.
Com a aeronave reserva já em uso, é prática comum que um segundo avião acompanhe o presidente em viagens internacionais. Isso é feito por motivos de segurança e para transporte adicional da comitiva. Caso o avião presidencial não esteja operacional até a data prevista para a viagem à Rússia, o KC-30 será a aeronave principal. No caso, isso irá interromper completamente as operações de resgate no Líbano.