Lula se reunirá com Mauro Vieira no México; decisão deve ser tomada nesta semana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir uma operação de resgate de brasileiros no Líbano. A expectativa é que uma decisão aconteça ainda nesta semana.
O presidente e o chanceler chegaram ao México neste domingo (29) para a posse da nova presidente, Cláudia Sheinbaum, que ocorrerá na terça-feira (1º). Os dois devem conversar antes do evento. Lula partiu de Brasília, enquanto o chanceler viajou de Nova York, onde participou das últimas reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
A Síria é uma das rotas consideradas pelo Itamaraty. A partir do país, seria possível utilizar a base aérea que a Rússia mantém, que faz fronteira com o Líbano. Outra opção seria realizar o resgate pela Jordânia, com a diplomacia brasileira em um diálogo com autoridades do país. Há também a possibilidade de uma operação via Chipre, que utilizaria uma saída marítima.
Operação complexa
Uma operação de repatriação neste momento é vista como complexa, tanto pelos riscos envolvidos quanto pelo número de pessoas. O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 21 mil pessoas. “Conversei hoje com o ministro Mauro Vieira. Ele me informou que já estão em diálogo com as Forças Armadas, que têm uma operação em andamento e que conversariam com o presidente. A expectativa é que se manifestem ainda nesta semana”, declarou a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O Brasil tem solicitado que os cidadãos preencham um formulário para manifestar interesse em deixar o país. A recomendação continua para que as pessoas tentem deixar o Líbano por meios próprios. Entretanto, famílias relatam dificuldades. Embora os aeroportos estejam abertos, algumas companhias aéreas já cancelaram voos até o final do mês. “A maioria dos brasileiros quer ir embora, está em risco”, afirmou Cláudia Martins, de 41 anos.
De acordo com a CNN, a preocupação é que a situação se agrave após a morte de líderes do Hezbollah. Algumas pessoas já reportam escassez de alimentos e água.