Confiança do setor de serviços no Brasil atinge menor nível desde 2023

Confiança do setor de serviços no Brasil atinge menor nível desde 2023
O Índice de Expectativas (IE-S), que avalia as perspectivas para os próximos meses, recuou 0,4 ponto, situando-se em 92,2 pontos – Reprodução Freepik (@wirestock)

Confiança do setor de serviços no Brasil atingiu menor nível em 16 meses

Em setembro, a confiança do setor de serviços no Brasil caiu para o menor patamar em um ano e quatro meses. Isso refletiu um recuo na demanda, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a CNN, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou uma queda de 0,8 ponto, com 93,8 pontos. O nível mais  baixo desde maio de 2023, quando estava em 92,3 pontos. De acordo com Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, “o resultado de setembro da confiança de serviços é consequência da piora da confiança em todos os principais segmentos da pesquisa, mas ainda assim o terceiro trimestre termina com tendência de estabilidade”.

A FGV também destacou que o Índice de Situação Atual (ISA-S), que mede a percepção sobre o momento presente do setor, caiu 1,3 ponto, indo para 95,4 pontos. Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-S), que avalia as perspectivas para os próximos meses, recuou 0,4 ponto, situando-se em 92,2 pontos.

Pacini observou que “o volume de demanda foi mais baixo no mês, principalmente para os segmentos de alojamento e alimentação. Os empresários continuam cautelosos quanto ao futuro dos negócios, diante de uma expectativa negativa de demanda para os próximos meses”. O economista também alertou sobre as implicações do aumento da taxa básica de juros. Na semana passada, o Banco Central elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, sinalizando preocupações com o cenário inflacionário.

“Embora o cenário macroeconômico apresente bons resultados em termos de emprego e renda, um alerta está aceso em função do aumento da taxa de juros, que visa conter as pressões inflacionárias que afetam, em especial, os segmentos mais ligados aos consumidores”, completou.