O mês de agosto deste ano foi o pior dos últimos 14 anos, com 68.635 ocorrências de incêndios por queimadas
O Brasil está enfrentando uma grave crise de queimadas, com mais de 5 mil focos de incêndio registrados recentemente. Esses incêndios são responsáveis por 76% das áreas afetadas pelo fogo em toda a América do Sul. Além disso, a situação é ainda mais crítica devido ao tempo seco e às temperaturas superiores a 30°C, que reduzem a umidade relativa do ar a níveis prejudiciais à saúde, deteriorando a qualidade do ar e espalhando fumaça pelo país e até para nações vizinhas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o bioma Cerrado apresenta um aumento mais pronunciado de focos de incêndio, superando agora a Amazônia em número de frentes de fogo. Ainda assim, na quarta-feira, o Brasil contabilizou 2.909 focos de incêndio, com a Amazônia concentrando a maior parte dessas ocorrências, totalizando 1.246 focos.
O estado do Mato Grosso liderou com 742 focos em 24 horas, seguido pelos estados do Amazonas e Acre. Segundo a Jovem Pan, agosto de 2024 foi o mês mais crítico dos últimos 14 anos, registrando um total de 68.635 ocorrências de queimadas.
Além disso, especialistas estão preocupados com as consequências a longo prazo dos incêndios. Que podem antecipar o período crítico de queimadas. Ainda assim, a previsão indica que os alertas para incêndios e clima seco devem persistir nas próximas semanas.
Em suma, a situação lembra o final do ano passado, quando a Amazônia sofreu um agravamento dos incêndios em outubro, novembro e dezembro, e as chuvas só retornaram em janeiro. Espera-se que a chegada antecipada da chuva este ano ajude a amenizar o clima seco e reduzir seus impactos adversos na saúde pública.