Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino destacou a necessidade de maior mobilização por parte das autoridades para combater as queimadas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (10) que o Brasil enfrenta uma “pandemia” de incêndios florestais e destacou que não se pode tratar essa situação como algo normal. Além disso, ele classificou o aumento das queimadas como um “absurdo” que exige ação imediata para combatê-lo.
Ainda assim, o ministro fez essa declaração durante uma audiência com o Governo Federal. Que tinha como objetivo obter esclarecimentos sobre as ações implementadas para combater as queimadas que afetam a Amazônia e o Pantanal.
“Estamos vivenciando uma autêntica pandemia de incêndios florestais. Assim como os Três Poderes se mobilizaram para o enfrentamento da pandemia do coronavírus ou para a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, idêntica mobilização deve ser feita. Já está sendo feita em larga medida, mas deve ser reforçada e ampliada para que essa pandemia seja enfrentada”, declarou Dino.
Dino destaca diversos prejuízos
A CNN informou que aproximadamente 60% do território brasileiro sofre impacto direto ou indireto das queimadas. Dino, destacou os prejuízos ambientais, econômicos e os efeitos sobre a saúde pública resultantes desses incêndios. Isso em diversas regiões do país, afirmando que esses eventos não ocorreriam sem a interferência humana.
No dia 19 deste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizará uma audiência mais abrangente. Contando com a presença dos dez estados mais impactados por grandes incêndios:
- O nove estados da Amazônia Legal
- Mato Grosso do Sul, que inclui o Pantanal
Em suma, é indiscutível que não estariam ocorrendo esses incidentes florestais se não houvesse ação humana. […] Eventualmente pode haver ação criminosa e por isso a presença do Supremo vem com essa ideia de diálogo e, ao mesmo tempo, de coerção, de investigação e de punição”, disse.