A reunião entre Lula, Petro, Obrador e Maduro será para encontrar soluções para a crise venezuelana
Nesta quarta-feira (4), o chanceler colombiano Luis Gilberto Murillo afirmou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro, da Colômbia, e Andrés Manuel López Obrador, do México, irão conversar com Nicolás Maduro. O objetivo da reunião é encontrar “soluções’ para a crise política na Venezuela.
“O presidente Petro liderou uma convocação para que provavelmente amanhã possa ser realizada uma reunião entre os três presidentes com Nicolás Maduro para expressar-lhe suas posições, ter um diálogo dentro da confidencialidade diplomática para encontrar soluções e vão determinar suas posições”, afirmou o ministro colombiano das Relações Exteriores.
De acordo com Murillo, os presidentes do Brasil, do México e da Colômbia “não quiseram limitar a possibilidade de mediação, de facilitação, porque se requer que alguns países façam esse papel”. Isso porque os acontecimentos na Venezuela impactam em seu país e na região. O chanceler colombiano ainda avisou que existe cuidado dos governos para garantir a “soberania, a autonomia” da Venezuela.
Segundo a CNN, o Itamaraty ainda não confirmou a reunião entre os presidentes.
Nota conjunta
Nesta terça-feira (3), depois das manifestações de diferentes países latino-americanos, dos Estados Unidos, da União Europeia, Organização das Nações Unidas (ONU) e da secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil e a Colômbia publicaram uma nota conjunta para manifestar “profunda preocupação” com a ordem de prisão emitida contra o opositor Edmundo González.
Ambos os governos afirmaram que a medida judicial “afeta gravemente” os compromisso assumidos pelo governo venezuelano nos Acordos de Barbados para fortalecer a democracia. No caso, isso “dificulta” a identificação de uma solução pacífica, com base no diálogo, entre as forças políticas do país.
“É preciso avançar em soluções que permitam a paz política na Venezuela. Houve diálogos não somente com o governo da Venezuela, mas também com as diferentes expressões políticas de oposição”. “Neste sentido, os presidentes dialogam e consideraram que era necessário expressar sua posição diante do que aconteceu com a ordem de prisão de Edmundo González”. O chanceler colombiano explicou após a divulgação da nota conjunta.