Simultaneamente à greve, protestos em favor de um acordo de trégua estão ocorrendo em todo o país
Na segunda-feira (2), um tribunal trabalhista de Israel determinou o fim da greve geral convocada pela Histadrut, a maior organização sindical do país. Além disso, a decisão foi tomada após o Ministério Público argumentar que a greve não se tratava de uma “disputa trabalhista coletiva”, mas sim de uma greve política. Ainda assim, o tribunal em Tel Aviv ordenou a suspensão da greve às 14h30 locais (8h30 em Brasília), após um dia de paralisações que afetaram bancos, universidades, serviços postais e de transporte, entre outros setores.
“É importante enfatizar que a greve de solidariedade foi uma medida importante e eu a apoio”, afirmou Arnon Bar-David, presidente do maior sindicato do país.
Inicialmente, a greve estava prevista para terminar às 18h, mas a decisão judicial antecipou o fim da paralisação para às 14h30 locais (8h30 em Brasília). “Vivemos em um Estado governado pelo Estado de Direito e respeitamos a decisão do tribunal. Portanto, estou instruindo todos a voltarem ao trabalho às 14h30”, declarou David.
Segundo a Jovem Pan, Histadrut representa cerca de 800.000 trabalhadores em Israel, embora a greve tenha tido um número limitado de seguidores e as ruas de cidades como Jerusalém estivessem razoavelmente normais, com apenas algumas lojas e bancos fechados, bem como empresas de tecnologia.
Em suma, simultaneamente à greve, protestos em favor de um acordo de trégua estão ocorrendo em todo o país. Centenas de israelenses estão bloqueando estradas em cidades como Tel Aviv e Herzliya. Na noite anterior, mais de 300.000 pessoas se reuniram em Tel Aviv para protestar contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Reprimiram a manifestação com o uso de caminhões de água e a intervenção de policiais a cavalo.