A arritmia cardíaca gera o batimento irregular do coração, seja mais lento ou rápido do que o normal
A arritmia cardíaca é uma condição que gera o batimento irregular do coração. Os batimentos podem ficar mais rápidos do que o normal (taquicardias) ou mais lentos (bradiarritmias). Em casos graves, a condição pode causar morte súbita.
“Quando o coração está funcionando normalmente, ele mesmo gera seu impulso elétrico para proporcionar o seu trabalho de sístole (contração) e de diástole (relaxamento) no funcionamento do músculo cardíaco. Esse impulso tem uma sequência organizada que percorre o sistema de condução fisiológico do coração promovendo a circulação adequada do sangue para todo o organismo”, afirmou Aristides Medeiros Leite, cardiologista e professor do curso de medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).
O especialista explicou que a indicação de atividades em quem tem a condição vai depender do nível da arritmia. “Existem arritmias sem repercussão, chamadas leves ou begninas, e as com repercussão, chamadas severas ou potencialmente malignas, em relação ao funcionamento do coração”, afirma. De acordo com a CNN, a idade do paciente e os fatores de riscos passarão por análise antes da recomendação de atividades físicas e esporte.
“Considerando especificamente a arritmia, se essa for severa ou significativamente sintomática, a atividade física ou a prática de esportes, em princípio, devem ser contraindicadas. Principalmente esportes competitivos que demandam esforços bruscos, muita velocidade, percursos longos ou sobrecargas excessivas de peso”, afirmou Leite. Em casos mais graves, a arritimia pode causar morte súbita por conta da alta intensidade dos exercícios.
Avaliação médica
Entretanto, para saber se pode ou não praticar esportes, será necessário a avaliação médical. “Por exemplo, um teste ergométrico pode mostrar como o coração se comporta ao esforço e, caso a conclusão clínica seja a de que não há riscos, a atividade física irá beneficiar não apenas o coração, como também, todos os sistemas corporais”, afirma Eliana Corrêa, fisioterapeuta e professora do curso de fisioterapia da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid).
A fisioterapeuta também ressaltou que, apesar de haver a contraindicação do esporte por ser uma atividade de alta intensidade, exercícios leves poderão ser prescritos para pacientes com arritmias graves. Entretanto, será necessário a realização em ambiente controlados e com monitoramento adequado. “Arritmias graves requerem exercícios específicos em um programa de reabilitação cardiopulmonar e metabólica”, finalizou.