O Dia Nacional das Artes, celebrado em 12 de agosto, destaca a importância de prestigiar as diferentes manifestações artísticas no Brasil. Com uma ampla gama de obras artísticas, como escultura, pintura, azulejos, desenhos, tecidos e tapetes, o Rosewood São Paulo é um dos principais hubs de arte contemporânea na cidade, com suas bases firmemente enraizadas nos costumes, tradições e expressões do Brasil. A propriedade abriga uma extensa coleção de obras, proporcionando liberdade de criação aos artistas com a diretriz de respeitar o passado e apontar para o futuro. O resultado transformou o Rosewood São Paulo em um grande centro de arte contemporânea do Brasil, que celebra a beleza natural, a rica história e a cultura diversificada da nossa pátria.
Com um acervo em constante expansão, o Rosewood São Paulo possui mais de 450 obras de arte, todas criadas em colaboração com artistas locais. A maioria dos trabalhos é “Site Specific”, termo que faz referência àqueles projetados de acordo com o ambiente e um espaço determinado, o que os torna peças únicas e exclusivas. “É um compromisso que a marca tem de ser um incentivador, não só de artistas locais, mas também das expressões culturais do Brasil”, diz Edouard Grosmangin, diretor geral do Rosewood São Paulo.
Periodicamente, esses artistas são convidados a participar de workshops e encontros com os hóspedes, realizando intervenções artísticas ou promovendo rodas de conversa. Além disso, o Rosewood São Paulo oferece o Tour das Artes, uma visita guiada pela maior parte da propriedade, onde é possível conhecer as dependências do hotel, assim como a história dos artistas e das obras expostas, e o projeto de restauração da antiga maternidade.
A seguir, destacamos cinco artistas femininas que fazem parte do cenário artístico nacional, evidenciando suas correntes, inspirações e principais obras que integram a coleção do Rosewood São Paulo:
Regina Silveira
Ao longo de mais de seis décadas, Regina Silveira, figura crítica da arte conceitual brasileira, investigou a tensão entre espaço real, perspectiva espacial e ilusões, enredando significado político em mídias gráficas e instalações que respondem a locais específicos. Reconhecida pela exploração do espaço por meio de construções geométricas, o trabalho de Silveira, recentemente expandido pelo uso da mídia digital, é celebrado tanto por seu rigor conceitual quanto por seu impacto formal.
Formada como pintora pelo Instituto de Artes da Universidade do Rio Grande do Sul, Regina iniciou, na década de 1960, sua formação artística sob a tutela do pintor expressionista Iberê Camargo e logo incluiu a xilogravura e a litografia entre suas práticas artísticas. O universo da artista e suas obras inspiram a nova coleção da Neriage, apresentada em meio a oliveiras centenárias no Rosewood São Paulo no dia 5 de agosto.
Logo no lobby, a porta de entrada para a propriedade, hóspedes e visitantes encontram o conjunto de oito tapetes desenhados por Regina Silveira especialmente para o hotel localizado na Cidade Matarazzo. A coleção, chamada Tropicals, tem a intenção de remeter ao imaginário de uma fauna brasileira, com insetos, lacraias, aranhas, grilos, borboletas, formigas e outros bichos, em um leito de folhas, em escalas diferentes de formas e cores.
Ananda Nahú
A artista visual é conhecida pela abordagem multicultural e pelas releituras de movimentos artísticos passados. As obras dela refletem um profundo estudo antropológico-cultural da humanidade e resgatam a história da arte de diversas nações. Através da pintura, ela combina visualmente culturas de diferentes povos, o que resulta na criação de novas expressões artísticas.
Ao longo da carreira, participou ativamente de projetos da ONU, União Europeia, Prefeitura de Nova York, entre outros. Nahú filtra e modifica as referências para que elas dialoguem entre si, por meio de seu repertório e formação cultural, criando assim uma obra sensível ao olhar. Em 2015, foi selecionada pela CNN Style como uma das artistas mais influentes do Brasil e, em 2016, quebrou um recorde nos Estados Unidos ao pintar o mural mais longo do estado de Ohio.
Ananda criou uma série de painéis que ocupa o sexto andar do Rosewood São Paulo. No corredor, em lados opostos, duas mulheres representam as belezas sul-americana e europeia, simbolizando também a união de ambas as culturas no complexo Cidade Matarazzo. O caminho que as une também traz referências culturais da fauna e flora brasileiras, com mistura de formas orgânicas e abstratas em cores sólidas e vibrantes, criando uma sensação de movimento.
Janaína Tschäpe
As pinturas abstratas da artista germânica-brasileira possuem uma característica fluida, que remete a contornos de elementos vegetais, animais ou minerais em paisagens abstratas. Atualmente, Janaína vive e trabalha em Nova York, e seu trabalho pode ser encontrado em importantes coleções públicas, incluindo o Centre Pompidou (Paris), o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madri) e o Museu Solomon R. Guggenheim (Nova York), entre outros.
No hall de entrada do espaço de eventos do Rosewood São Paulo, o Matarazzo Ballroom, encontra-se um mural da artista que permite a cada um encontrar a própria história dentro da paisagem.
Laura Vinci
Laura Vinci, artista multimídia de São Paulo, é conhecida por esculturas e instalações efêmeras. Sua obra reflete sobre a relação humana com a natureza, enquanto sua pesquisa se baseia nas relações entre corpo e espaço, tendo como tônica a efemeridade. Em sua prática, o espaço desponta como um organismo complexo, mediador das relações entre os diversos corpos que o compõem, sem deixar de ser suscetível à passagem do tempo. Suas propostas buscam investigar os processos de alteração da matéria, evidenciando a transitoriedade dos elementos que ocupam determinado local, assim como estimular o público a ter novas percepções sobre o ambiente ao seu redor.
Para o Rosewood São Paulo, Vinci criou uma série especial para os corredores do 5º andar – ela coletou folhas e galhos dos jardins da Maternidade Matarazzo antes do início dos trabalhos de construção no local. Então, produziu réplicas das folhas e galhos suspensos no ar por finas correntes, usando ouro como acabamento, dando a impressão de que todos eles estão flutuando no ar. Laura transformou o lugar em um ambiente muito poético. Sua criação nos faz sonhar pelos corredores que levam aos apartamentos do 5º andar.
Sandra Cinto
Sandra Cinto, artista radicada em São Paulo, explora os limites do desenho em diálogo com arquitetura, escultura e instalações. Seus projetos recentes incluem “The Wishes Boulevard” na Tailândia e azulejos pintados à mão para o Rosewood São Paulo, inspirados em paisagens naturais, visando transformar a vida diária e conectar-se com a cidade, criados para a área da piscina do Belavista Rooftop Pool & Bar e uma coleção exclusiva de porcelanas especialmente para o restaurante Belavista.
A artista dedicou-se por quase seis anos ao projeto, que conta com mais de 500 m² de azulejos cerâmicos pintados à mão e serigrafia. A obra inclui piso, bancadas, bordas laterais e piscina. O trabalho foi produzido em colaboração com a Cerâmica Antigua, conhecida pelo comprometimento com a sustentabilidade. O desenho original foi impresso na escala 1:1 e traçado nos azulejos brancos, e cada peça foi pintada individualmente pelas mãos dos artesãos desta fábrica localizada no interior de São Paulo.
A paisagem e os fenômenos naturais são a base de sua prática artística, e estes elementos visuais ancoram as composições inspiradas no movimento das ondas do mar, o ciclo dos rios e a exuberância da fauna e flora brasileiras, criadas especialmente para os azulejos do rooftop.