Na abertura das Olimpíadas de Paris, uma cena gerou polêmica no mundo todo. O momento descrito por alguns críticos como uma paródia da “A Última Ceia” com artistas drags e vários dançarinos se tornou uma das mais memoráveis da cerimônia.
A performance também contou com Philippe Katerine, um artista francês que performou como o deus grego do vinho, Dionísio. Ele logo ficou conhecido como o “ cara azul seminu”. Isso porque durante a cena, Katerine cantou uma música enquanto estava deitado em uma mesa, supostamente sem roupas e coberto dos pés a cabeça com tinta azul.
Pedido de desculpa e significado da apresentação
De acordo com a CNN, o artista afirmou que sua música “Nue” – ou “Nu”, em português – foi uma mensagem de paz, inspirada por guerras. “Teria havido guerras se tivéssemos ficado nus? A resposta talvez não seja porque você não consegue esconder uma arma ou uma adaga quando está nu”, afirmou.
“Então, você tem essa ideia de inofensividade quando se trata do homem nu. E a ideia das origens dos Jogos Olímpicos na Grécia, que são representadas hoje porque quando você vê pinturas, elas são de atletas nus também, também com a ideia de que eles não podem carregar armas quando estão nus”, afirmou. “Essa também foi a ideia por trás das origens dos Jogos Olímpicos. Então, lá vim eu, simplesmente, para cantar essa canção”.
Entretanto, a Igreja Católica Francesa afirmou que as festividades “incluíram cenas de escárnio e zombaria do cristianismo”. Por conta disso, os organizadores das Olimpíadas pediram desculpas pelo momento após as críticas. “Claramente nunca houve a intenção de desrespeitar nenhum grupo religioso”, afirmou Anne Descamps, a porta-voz de Paris 2024.
Além disso, o artista que interpretou Dionísio ainda revelou que “sente muito” se o momento chocou as pessoas na abertura das Olimpíadas, mas afirmou que nunca foi sua intenção.“Então peço perdão se ofendi alguém, e os cristãos do mundo me concederão isso, tenho certeza, e entenderão que foi principalmente um mal-entendido. Porque, no fim das contas, não se tratava de representar ‘a Última Ceia’ de forma alguma.”