Revista Poder

Morre aos 88 anos o ícone xilogravurista pernambucano J. Borges

De acordo com os familiares de J. Borges, seu falecimento foi de "causas naturais" na manhã desta sexta-feira, dia 26 de julho

Morre aos 88 anos o ícone xilogravurista pernambucano J. Borges

Joaquim Francisco Borges, o artista nasceu em Bezerros, Pernambuco - Foto Instagram @centrodeartesanatodepe

Na manhã desta sexta-feira (26), o xilogravurista pernambucano J. Borges faleceu aos 88 anos. Segundo informações da família, a causa da morte foi “causas naturais”.

Segundo os familiares, Borges foi internado na semana passada para receber tratamento intravenoso, mas foi liberado e voltou para casa. Ele estava sendo cuidado por enfermeiros.

De acordo com a CNN, a Secretaria de Cultura de Pernambuco também lamentou a morte de J. Borges e ressalta o legado do artista. “Em reconhecimento merecido pela sua contribuição com a cultura popular, através da xilogravura e na arte do cordel, J. Borges é eternamente Patrimônio Vivo de Pernambuco. Com a identidade visual de suas obras atrelada imediatamente às raízes pernambucanas, o artista levou o nome de Bezerros e de Pernambuco ao redor do mundo”.

Na tarde de hoje, por volta das 13h, o Centro de Artesanato de Pernambuco, em Bezerros, a cerca de 100 quilômetros de Recife, velou o corpo do artista. O sepultamento aconteceu no Cemitério Parque dos Eucaliptos.

Quem foi o xilogravurista

Nomeado Joaquim Francisco Borges, o artista nasceu em Bezerros, Pernambuco no dia 20 de dezembro de 1935.  Além disso, em uma entrevista publicada na página da Secretaria de Cultura de Pernambuco o artista ressaltou: “O cordel nasceu em mim quando criança. Eu me divertia muito ouvindo o meu pai lendo os folhetos que ele trazia da feira. A imaginação da gente corria solta”.

Em suma, sua obra ganhou destaque na década de 1970, quando conheceu o escritor Ariano Suassuna (falecido em 2014). “Soube que assim que ele viu as gravuras perguntou quem era a fera que fazia aquilo. Logo depois, fui chamado à Universidade Federal de Pernambuco para conhecê-lo e para dar entrevistas a meio mundo de jornalistas que ele tinha convocado. Depois dali eu não parei mais”, concluiu o artista na mesma entrevista.

Confira abaixo publicação feita em homenagem a J. Borges

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