Bíblia com mais de 250 anos é salva das enchentes no RS; veja imagem

A perda da bíblia de mais de 250 anos foi evitada graças à uma funcionária do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, que retirou o valioso item do lugar de costume e levou para outro mais seguro

Bíblia com mais de 250 anos é salva das enchentes no RS; entenda
A bíbia tem uma grande conexão com a imigração alemã – Reprodução X (@g1rs)

Uma bíblia de mais de 250 anos, quase foi perdida durante a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio. No entanto, a decisão de uma funcionária evitou que o item se perdesse pelas águas que invadiram o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A bíblia foi traduzida do grego para o antigo alemão e é o item mais antigo da coleção do museu. Além disso, ela tem um vínculo com a história da imigração alemã no Brasil. No caso, esta terá seu bicentenário comemorado nesta quinta-feira (25).

“Choveu, sim, mas não tínhamos ideia de que poderia ser tão sério. Quando estávamos fechando, nossa funcionária lembrou da Bíblia. Ela voltou, a pegou e a levou para um lugar seguro”, explicou Ingrid Marxen, diretora de relações institucionais do museu.

Ingrid Marxen, aposentada, faz parte do grupo de voluntários responsável pelo acervo do museu. “Em 1765, ela [a Bíblia] já era antiga quando eles vieram. A gente não sabe quem trouxe, mas com certeza em 1824 já não seria mais nova. Eles tinham tanta coisa para trazer, porque eles iam embora para não voltar mais, e daí traziam uma Bíblia deste tamanho. Não é uma bíblia qualquer”, afirmou.

De acordo com o G1, além da bíblia, a comemoração do bicentenário da imigração alemã no Brasil marca a história de milhares de alemães que vieram ao país em busca de uma nova vida. “A Alemanha não era a Alemanha que nós conhecemos hoje. Era uma confederação de pequenos estados, de vários tamanhos, não era um país unificado. Então, havia uma situação, depois de anos de guerra, nas guerras napoleônicas, de fome, de pobreza e também de excedente populacional”, contextualizou Rodrigo Trespach.