A ligação entre o calor e a saúde mental foi estudada no artigo publicado na edição de julho da revista “Monitor on Psychology”, da American Psychological Association. No caso, os sintomas físicos já se fizeram bem conhecidos, como a desidratação e os acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Porém, desta vez, os estudos priorizaram os sintomas psicológicos. De acordo com o G1, o calor poderia gerar irritabilidade, problemas de concentração e impulsividade. “O calor extremo pode tornar as pessoas mais deprimidas ou irritadas, favorecendo surtos psicóticos em indivíduos que fazem uso de determinados medicamentos”, afirmou Jane Gilbert, diretora de assuntos sobre o calor no condado de Miami-Dade, Flórida.
Além disso, a questão seria porque o corpo perderia água e sais minerais por conta do suor, o que poderia causar a exaustão térmica. Esta que teria tontura, desmaio e pulsação acelerada como sintomas. A exaustão térmica, se não tratada, também poderá causar derrame.
“Quase todas as medicações psicotrópicas, com exceção dos benzodiazepínicos, podem afetar a capacidade do organismo de lidar com o calor, aumentando o risco de exaustão térmica”, ressaltou o psicólogo clínico Joseph Taliercio.
O estudo ainda ressaltou que a exposição ao calor poderia potencializar a impulsividade, o que poderia se agravar ainda mais em ambientes urbanos. No caso, por conta do menor número de áreas verdes nestas regiões. Um outro estudo, conduzido pela University of Adelaide School of Public Health, na Austrália, também mostrou a conexão entre o calor e a saúde mental.
Ele mostrou um aumento de 2,2% de mortalidade em relação à saúde mental para cada 1,8 grau Fahrenheit de acréscimo na temperatura ambiente. Além de um crescimento de 0,9% nos transtornos mentais. No caso, as pessoas acima dos 65 anos e moradoras de regiões tropicais e subtropicais sofreram desproporcionalmente.