12 anos atrás, o jovem Artur Paschoali, 19, viajou com os amigos para o Peru e estendeu a viagem em um mochilão sozinho. Próximo ao Natal, em 2012, o rapaz enviou uma mensagem para a mãe, que estava no Brasil, pelo Facebook. Após isso, não fez mais contato.
Durante os anos, a família encontrou pistas desconexas, investigações sem resultado, ameaças veladas e muitas dúvidas. Paschoali continuou na lista de pessoas desaparecidas da Interpol.
“Não sinto que esteja vivo, perdido ou que raptaram ele. Desde o princípio, meu coração sentia que não estava vivo”, afirmou Susana Paschoali, mãe do jovem. Ela ainda contou que acredita que o filho morreu. No entanto, o pai de Paschoali ainda tinha esperança que o filho estivesse vivo, de acordo com a mãe do desaparecido.
De acordo com o G1, o jovem havia viajado para o Peru com os amigos em setembro de 2012, quando tinha 19 anos. Na época, ele decidiu estender a viagem e desapareceu no dia 21 de dezembro. O jovem trabalhava no vilarejo de Santa Teresa, perto de Machu Picchu. Paschoali queria ficar mais uma semana na região.
“Ele falou que estava tudo bem e que estava quase virando gerente de um hostel”, relembrou Susana Paschoali. No caso, esta foi a última mensagem enviada do jovem, em 20 de dezembro. Na viagem, eles se comunicavam somente pelo Facebook.
Além disso, durante as investigações, a família encontrou muitos obstáculos, como a falta de apoio das autoridades peruanas e brasileiras e ameaças. Na época, por ser uma região de tráfico, “as autoridades tiveram receio de apurar o desaparecimento a fundo”. “O povo da cidade queria nos ajudar, mas a gente sempre esbarrava em uma determinação policial ou em alguém que tivesse o poder na região”, revelou Susana Paschoali.