A Polícia Federal prendeu o narcotraficante brasileiro Ronald Roland nesta semana. Ele é suspeito de ser o chefe de um esquema gigante de lavagem de dinheiro com empresas de fachada. Roland também foi preso por ser suspeito de abastecer cartéis de drogas no México.
Em cinco anos, o narcotraficante movimentou uma quantia de R$5 bilhões, de acordo com a polícia. Segundo o G1, a operação da Polícia Federal ocorreu em sete estados e houve a apreensão de armas, jóias, um barco, dois aviões e 34 carros. Além disso, aconteceu a prisão de oito pessoas.
A mulher de Roland, Andrezza de Lima Joel, foi dona de uma loja de biquínis no Guarujá, litoral de São Paulo. De acordo com a PF, esta empresa também esteve envolvida no esquema de lavagem de dinheiro. Isso porque, em um único dia, a loja recebeu R$ 200 mil em depósitos fracionados.
“O que nós constatamos foi a ausência de capacidade econômica e financeira também da esposa, que construiu uma loja de biquíni que adquiriu veículos, aeronaves”, explicou o delegado Ricardo Ruiz. “Existem anúncios de biquínis, mas se os biquínis eram suficientes para comprar aeronave de milhões de reais, veículos de luxo, é uma outra questão”, ressaltou o delegado.
Exposição nas redes
A mulher do suspeito também postava as viagens que fazia em suas redes sociais e mostrava os passos do marido. No caso, esta foi a segunda vez que o narcotraficante recebeu uma exposição por conta da indiscrição de uma companheira. Em 2019, Roland estava na lista da Interpol e foi preso. A mulher dele, na época, marcou o lugar que eles estavam em suas redes sociais e entregou o paradeiro dele.
Além disso, o que chamou a atenção da PF foi quando o suspeito se mudou para Uberlândia, Minas Gerais. Roland gostava de ostentar. “Uma pessoa chegando em casa com um veículo de R$ 500 mil. Uma semana depois, com um veículo de R$ 1 milhão. Outra semana, com um veículo de R$ 800 mil. Isso chamou a atenção da vizinhança. Quem é essa pessoa que mudou para cá?”, explicou Ricardo Ruiz, delegado da Polícia Federal em Uberlândia.