Nas próximas semanas, os entusiastas da astronomia poderão ter a oportunidade rara de observar a explosão estelar. Ela poderá acontecer a qualquer momento até, pelo menos, o próximo mês de setembro.
De acordo com o G1, a T Coronae Borealis, um sistema binário a 3 mil anos-luz da Terra, esteve prestes a emitir uma explosão tão brilhante que será visível a olho nu aqui na Terra.
“É um evento único na vida que inspirará muitos novos astrônomos, proporcionando aos jovens a oportunidade de observar um fenômeno cósmico, fazer suas próprias perguntas e coletar seus próprios dados”, explicou Rebekah Hounsell, cientista assistente de pesquisa especializada em eventos do tipo no Goddard Space Flight Center da Nasa, a agência espacial norte-americana.
Esse sistema de duas estrelas esteve composto por uma anã branca – com núcleo denso de uma estrela morta do tamanho da Terra, mas com a mesma massa do nosso Sol – e uma gigante vermelha velha. Esta que foi sugada, lentamente, pelo puxão gravitacional da anã branca.
A agência espacial norte-americana, Nasa, explicou que o hidrogênio da vermelha se acumulou na superfície da anã branca e aumentou a pressão e o calor. Dessa forma, eventualmente, causará uma explosão termonuclear para expulsar o material acumulado.
“Não confunda uma nova com uma supernova,” acrescentou Hounsell. “Uma supernova é uma explosão enorme que destrói algumas estrelas morrendo. Em uma nova, a anã branca permanece intacta, jogando o material acumulado no espaço em um flash brilhante. Esse ciclo geralmente se repete ao longo do tempo, e pode continuar por milhares de anos”, explicou.
Na tentativa de localizar o sistema no céu, o Star Walk 2 ou o Sky Tonight poderão ser apps úteis para a identificação. Procurar lugares altos e longe de áreas urbanizadas com poluição luminosa poderá ajudar na observação da explosão estelar.