Flor milagrosa sobrevive ao desmatamento e é considerada nova espécie

O nome "Amalophyllon miraculum" foi dado por conta do “milagre” de sua sobrevivência

Flor sobrevivente de desmatamento é considerada nova espécie; saiba mais
a flor sobreviverá e crescerá em pedras que estiverem em locais bem úmidos – Reprodução Freepik (@freepik)

Na Cordilheira dos Andes, a flor Amalophyllon miraculum, de 5 centímetros de altura, surgiu como uma nova descoberta. Com sua localização na área que se atravessa para o Equador, a espécie trouxe esperança para a biodiversidade da região. Isso porque o local sofreu com um desmatamento generalizado no último século.

Com o nome batizado em homenagem à palavra “milagre”, essa espécie ganhou detalhamento em um artigo do periódico PhytoKeys, no dia 11 de junho. A descoberta aconteceu na região chamada Centinela, durante uma expedição de botânicos equatorianos que queriam identificar plantas endêmicas e raras nas florestas remanescentes.

A planta apareceu por conta de um encontro repentino. Um agricultor local convidou os botânicos para investigar as áreas florestais de sua propriedade. “Paul gentilmente nos convidou para explorar a área florestal de suas terras e passamos o dia inteiro lá”, explicou John Clark, um dos autores principais do artigo, em um comunicado do Museu de História Natural do Reino Unido.

De acordo com a revista Galileu, a planta aparentou ser minúscula. “Com uma folhagem verde quase iridescente que a tornava diferente de todas as espécies”, detalhou Clark, que ainda afirmou que sua equipe nunca havia visto algo assim antes.

Flor sobrevivente de desmatamento é considerada nova espécie
A flor possui 5 centímetros de altura – Reprodução X (@pensoft)

A planta se identificou como uma litófita obrigatória, ou seja, ela sobreviverá e crescerá em pedras que estiverem em locais bem úmidos. “Mesmo pequenas alterações nas condições do habitat podem levar à ausência desta pequena espécie, destacando o delicado equilíbrio necessário para a sua sobrevivência”, destacou o pesquisador.

Além disso, o botânico alertou sobre a necessidade de preservar e cuidar destes remanescentes florestais. “Precisamos de mais estudos como este agora, por isso nossa equipe está atualmente trabalhando em um projeto de pesquisa colaborativa que fornece uma atualização sobre Centinela”, finalizou.