Maria da Penha receberá proteção de forças de segurança após uma série de ataques e ameaças recebidos em suas redes sociais. As ofensas foram proferidas por membros da extrema-direita. Por isso, Elmano de Freitas, governador do Ceará, confirmou a inclusão de Maria no PPDDH (Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos) do estado.
Este projeto abrange um conjunto de medidas protetivas e oferece atendimento jurídico e psicossocial. Os defensores dos Direitos Humanos em situação de risco ou que tenham sofrido violações de direitos devido à sua atuação têm direito ao benefício.
De acordo com a CNN, na última segunda-feira (3), o governador disse nas redes sociais que atendeu a um pedido da ministra Cida Gonçalves para falar sobre as ameaças sofridas por Maria da Penha. “Manifesto todo o meu apoio a essa grande mulher, que transformou a dor de ter sido vítima em força para lutar contra a violência motivada pelo machismo. Ressalto ainda que será construído um memorial na casa onde aconteceu o crime contra Maria da Penha”, disse o governador.
Vítima de agressão e tentativa de homicídio
Maria da Penha ficou paraplégica após receber um tiro na coluna em 1983. Ela foi alvo de uma tentativa de feminicídio pelo pai de suas duas filhas. A lei Maria da Penha alterou o Código Penal, o que possibilita a prisão em flagrante de agressores de mulheres em contexto doméstico ou familiar. Além disso, Maria assegurou sua luta por justiça em 7 de agosto de 2006 quando o presidente sancionou a lei contra as violações aos direitos humanos das mulheres.
De acordo com o Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves também pediu a transformação da residência onde Maria da Penha vivenciou foi violentada. O local irá virar um memorial da causa.