O saldo positivo das contas públicas em outubro registrou uma redução de 45,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O setor público consolidado, composto por União, estados, municípios e empresas estatais, apresentou superávit primário de R$ 14,798 bilhões, contrastando com os R$ 27,095 bilhões de outubro de 2022, conforme divulgado pelo Banco Central. Em 12 meses até outubro, o déficit primário acumulado foi de R$ 114,184 bilhões, equivalente a 1,08% do PIB.
O Governo Central, responsável por Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional, apresentou superávit primário de R$ 19,456 bilhões, indicando uma variação negativa devido ao aumento das despesas, especialmente com o Bolsa Família e Previdência Social. Em contraste, os governos estaduais registraram déficit de R$ 2,409 bilhões, enquanto os governos municipais tiveram um resultado negativo de R$ 1,443 bilhão em outubro de 2023.
As empresas estatais, excluindo Petrobras e Eletrobras, apresentaram déficit primário de R$ 805 milhões, em comparação com o superávit de R$ 711 milhões em outubro de 2022. Os gastos com juros totalizaram R$ 61,947 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 41,569 bilhões do mesmo mês do ano anterior.
O resultado nominal das contas públicas em outubro indicou um déficit de R$ 47,148 bilhões, comparado ao resultado negativo de R$ 14,474 bilhões em outubro de 2022. Em 12 meses, o setor público acumula um déficit de R$ 834,292 bilhões, correspondendo a 7,88% do PIB.
A dívida líquida do setor público atingiu R$ 6,351 trilhões em outubro, representando 60% do PIB. A dívida bruta do governo geral, que inclui apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, alcançou R$ 7,913 trilhões ou 74,7% do PIB em outubro de 2023, com um aumento em relação ao mês anterior. Esses indicadores são fundamentais para avaliações internacionais do endividamento do país.