Governo Federal anuncia auxílio e medidas diante da crise em Maceió

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O governo federal anunciou um auxílio de R$ 2.640 para cerca de 6 mil pescadores e marisqueiras de Alagoas, impactados pelo risco de colapso e desabamento da mina 18, pertencente à empresa Braskem, localizada na região do Mutange, em Maceió. A área afetada está próxima à lagoa Mundaú, uma importante fonte de pesca de marisco na região. Paulo Dantas, o governador de Alagoas, revelou que a medida segue o modelo adotado para os pescadores atingidos pela estiagem na Região Norte.

Durante uma reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, Dantas apresentou uma série de pedidos para enfrentar a crise. Todos os pedidos foram aceitos e serão acompanhados pelos respectivos ministérios. A Braskem, responsável por 35 minas de exploração de sal-gema no Bairro do Mutange, enfrenta processos por afundamentos ocorridos em 2018, que obrigaram cerca de 60 mil residentes a deixarem suas casas.

O governo federal se comprometeu a estudar o fechamento das minas, utilizando material de dragagem das lagoas Mundaú e Manguaba. O objetivo é revitalizar as lagoas e solucionar o problema ambiental causado pelas minas. Além disso, foi solicitada a criação de uma mesa de acompanhamento, coordenada pela Advocacia-Geral da União, para garantir uma indenização justa às famílias afetadas pela compra de imóveis e pela paralisação das atividades produtivas.

Dantas também pediu apoio para o acompanhamento psicossocial das vítimas e soluções para escolas fechadas na região, além de enfrentar o déficit habitacional. O governador destacou a necessidade de apoio federal para a situação em oito municípios e solicitou a presença do presidente ou do presidente em exercício em Maceió para uma avaliação in loco. A Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, foi instada a contribuir para encontrar soluções rápidas.

Apesar da crise, Paulo Dantas afirmou que o turismo em Maceió não está afetado pelo risco de desabamento, destacando a segurança das áreas turísticas em relação à área problemática. Ainda não há confirmação sobre a visita do presidente ou do presidente em exercício à região. O governador espera a contribuição da Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, para acelerar as soluções.