Lula destaca enorme responsabilidade do Brasil ao presidir o G20 em 2024

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a seus ministros a importância de manterem o foco na gestão interna do Brasil durante a presidência do G20 em 2024. Ele destacou que coordenar as 20 maiores economias do mundo é uma responsabilidade significativa para o país. A presidência brasileira no G20 ocorrerá de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024.

Lula ressaltou que, embora haja muitas tarefas relacionadas à organização do G20, a prioridade dos ministros deve ser atender às necessidades internas do Brasil. Ele instou os ministros a trabalharem ainda mais para garantir que as demandas do G20 sejam atendidas sem negligenciar as responsabilidades nacionais.

O presidente destacou o papel crucial do próximo ano como uma oportunidade para percorrer o país, interagir com autoridades locais e ouvir as expectativas da população. A Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20 foi estabelecida para lidar com essas responsabilidades, composta por representantes de diversos ministérios, do Banco Central e da Assessoria Especial do Presidente.

Lula reconheceu a complexidade da tarefa, sendo a primeira vez que o Brasil assume a presidência do G20 desde sua criação em 1999. Ele enfatizou a importância de adquirir experiência com países que já lideraram o G20, enquanto a coordenação interna ficará a cargo dos Ministérios das Relações Exteriores e da Fazenda.

A agenda de trabalho do G20 será definida e implementada pelo Brasil, com apoio direto da Índia e da África do Sul, seguindo o sistema de troika. O Brasil propõe organizar mais de 100 reuniões oficiais, incluindo reuniões ministeriais e eventos de alto nível em diversas cidades, culminando na 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Além disso, Lula anunciou iniciativas para promover a participação social, incluindo um diálogo entre líderes e a sociedade civil. A presidência brasileira no G20 terá três prioridades: inclusão social e combate à desigualdade, enfrentamento das mudanças climáticas com foco na transição energética, e a defesa da reforma das instituições de governança global para refletir a geopolítica atual. Lula destaca a necessidade de discutir a dívida externa dos países mais pobres e reformular as instituições financeiras internacionais para garantir uma representação adequada dos países emergentes.