O Brasil enfrenta um aumento alarmante nas amputações de membros inferiores devido ao diabetes, atingindo uma média diária de mais de 28 casos e totalizando 6.982 amputações entre janeiro e agosto deste ano. O número cresceu 3,9% em 2022, tornando o diabetes a principal causa de amputações não traumáticas na região.
O Ministério da Saúde revela investimentos significativos em 2023, totalizando mais de R$ 870 milhões no custeio de equipes multiprofissionais para atuar na Atenção Primária à Saúde. Essas equipes, compostas por especialistas em diversas áreas, incluindo nutrição e educação física, desempenham um papel crucial como a porta de entrada para a saúde pública no Brasil.
A Sociedade Brasileira de Diabetes destaca que 13 milhões de pessoas com diabetes têm úlceras nos pés, conhecidas como pés diabéticos, aumentando significativamente o risco de amputações. Especialistas alertam sobre a gravidade do pé diabético, ressaltando as consequências devastadoras das úlceras.
No Dia Mundial do Diabetes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza a importância da Educação para Proteger o Futuro, visando aprimorar o acesso à educação de qualidade sobre a doença.
A neuropatia periférica, decorrente do diabetes, resulta na perda de sensibilidade nos pés, aumentando o risco de feridas não detectadas. A endocrinologista Jordanna Bergamasco destaca que o controle glicêmico desempenha um papel crucial para adiar complicações neurológicas e prevenir amputações.
A história pessoal de Amanda Pereira, que perdeu a mãe devido ao diabetes, destaca a necessidade de cuidados contínuos. Jordanna fornece orientações específicas para os cuidados com os pés de pessoas com diabetes, incluindo exames visuais periódicos, a escolha cuidadosa de calçados e o controle da temperatura dos pés.
O Ministério da Saúde ressalta suas estratégias de promoção da saúde e prevenção de condições crônicas relacionadas ao diabetes, com ênfase em investimentos em equipes multiprofissionais.
O diabetes é descrito como uma doença silenciosa, cujos danos progressivos ao organismo podem ser evitados com o devido controle. O relato de Amanda destaca a importância do acompanhamento médico, alimentação saudável e prática regular de atividade física na gestão da doença.
Fonte: Agência Brasil