Papa Francisco aprova batismo para pessoas trans e filhos de casais gays

Papa Francisco || Crédito: Gob/MX

O recente posicionamento do Vaticano sobre a possibilidade de batismos para pessoas transgênero e filhos de casais homossexuais representa um avanço significativo na postura da Igreja Católica. O Dicastério para a Doutrina da Fé esclareceu que tanto uma pessoa transgênero quanto um filho de casal homossexual podem ser batizados, refletindo a visão do Papa Francisco em acolher a todos, independentemente de sua identidade de gênero ou origem familiar. 

Este anúncio vem em consonância com o compromisso do pontificado de Francisco em abolir práticas pastorais que limitam a inclusão na Igreja. O Papa reiterou sua mensagem durante um encontro em Lisboa, enfatizando que na Igreja há espaço para todos, ninguém é excluído. Esta postura se reflete nas respostas oficiais do Dicastério, aprovadas pelo Papa, em que é afirmado que uma pessoa transgênero, desde que tenha passado por tratamentos de redesignação sexual, pode receber o batismo, a menos que exista o risco de escândalo público. 

Da mesma forma, crianças ou adolescentes com questões de identidade de gênero podem ser batizados, desde que estejam preparados e desejem participar deste sacramento. A condição fundamental para o batismo é a esperança de que a criança será educada na religião católica, o que se aplica a todos os casos, independentemente da orientação sexual dos pais. 

Quanto à possibilidade de uma pessoa transgênero ou homossexual ser padrinho ou madrinha, o Dicastério enfatizou que isso é permitido sob certas condições. No entanto, a prudência pastoral é necessária para evitar escândalos, especialmente no caso de padrinhos que coabitem ou vivam juntos. Quanto à participação como testemunhas em cerimônias de casamento, não há restrições no direito canônico atual. 

Este posicionamento reforça a mensagem de acolhimento e inclusão proclamada pelo Papa Francisco, estendendo a mão a todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual. A Igreja Católica reafirma sua missão como uma casa paterna acolhedora, aberta a todos, convidando à reflexão pastoral e à compreensão das diferentes realidades presentes na sociedade atual.