Ausência de políticas públicas alimentam o fogo amazônico

A região amazônica enfrenta uma crise alarmante, com populações lutando por comida e água potável, enquanto a fauna e a flora sofrem as consequências de um governo de destruição

Comunidade de Catalão atingida pela estiagem em Manaus || Crédito: Cadu Gomes/VPR

A região amazônica enfrenta uma crise preocupante. Populações locais lutam por comida e água potável, enquanto a fauna e a flora sofrem as consequências de uma política de destruição.

Os rios da Amazônia são essenciais para a vida das comunidades locais, fornecendo alimento, água, vias de transporte e comunicação. No entanto, a falta de chuvas tem causado seca extrema, resultando na morte de peixes e em um cenário desolador no Amazonas.

Em setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou cerca de sete mil focos de calor na região, causando uma intensa cobertura de fumaça. No entanto, a cobertura midiática nacional tem se concentrado em questões econômicas, relegando a um segundo plano as profundas causas e consequências do fenômeno climático.

A falta de alimentos, o isolamento de municípios, a morte de animais e a escassez de água potável não têm recebido a atenção devida. A falta de políticas públicas preventivas e de mitigação é uma realidade preocupante, especialmente no estado do Amazonas, o maior em extensão territorial do Brasil.

A dificuldade logística e de comunicação devido ao vasto território é um desafio para fornecer assistência rápida às comunidades afetadas. Doze organizações locais elaboraram um documento a ser encaminhado às autoridades públicas, exigindo a elaboração de um plano de contingência e a mitigação dos efeitos das queimadas.

Esse cenário não é exclusivo do Amazonas, pois as seis bacias hidrográficas monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil enfrentam níveis de água abaixo do normal.

 

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A mídia nacional, por sua vez, tem sido criticada por sua superficialidade e falta de contexto na cobertura da crise. Muitas vezes, a desinformação é usada como uma cortina de fumaça para os interesses do agronegócio na região.

A exploração de petróleo na região amazônica é outra questão que tem recebido pouca atenção na mídia, apesar de seu impacto nas emissões de gases de efeito estufa e nas comunidades locais. A concentração midiática no Brasil, aliada à falta de veículos de comunicação locais, contribui para a desinformação e a falta de debate sério sobre a situação na Amazônia.

Em meio a essas complexas questões, a Amazônia e suas comunidades estão em um estado crítico. É fundamental que a mídia e as autoridades reconheçam a gravidade da situação e adotem medidas eficazes para combater a desinformação, promover ações de preservação ambiental e proteger as comunidades vulneráveis que dependem da Amazônia para sobreviver.