Trabalhadores do aeroporto de Guarulhos estão planejando uma greve para terça-feira (3) em protesto contra uma regulamentação que proíbe o uso de celulares nas áreas mais críticas dos terminais de carga. No entanto, o sindicato, responsável por representar os funcionários, não endossou a ação de greve.
A paralisação está sendo organizada de forma independente, com os funcionários usando grupos de mensagens instantâneas para coordenar o movimento. Eles alegam que estão sendo alvos de ações arbitrárias por parte das autoridades de segurança pública.
“Independentemente da orientação política de qualquer pessoa, amanhã (3) devemos estar unidos e resistir a qualquer ato arbitrário por parte da administração pública. A Receita Federal e a Polícia Federal devem nos servir, garantir nossa segurança, proteger nossas fronteiras e nos respeitar. Afinal, somos nós que pagamos seus salários, e isso não é barato. Eles não devem nos coagir ou nos punir injustamente, revogando nossas autorizações”, afirmou um dos organizadores.
Alguns membros do grupo, que agora conta com mais de 500 participantes, expressaram suas discordâncias em relação ao sindicato, alegando que este não tem priorizado os interesses dos trabalhadores.
A restrição ao uso de celulares foi implementada após o incidente em que duas passageiras brasileiras ficaram retidas na Alemanha devido à troca das etiquetas de suas bagagens, que foram colocadas em malas contendo aproximadamente 40 kg de cocaína. As investigações apontaram que essa troca foi realizada por funcionários terceirizados dentro de uma área restrita do aeroporto.
A GRU Airport, empresa concessionária responsável pela administração do aeroporto de Guarulhos, informou que possui um protocolo estabelecido para lidar com esse tipo de evento e já notificou as autoridades competentes sobre a possibilidade desse ocorrido.