Revista Poder

8 de janeiro começa com advogado que reclamou de “discurso que inflama” de Moraes

Sebastião Coelho, objeto de representação na Corregedoria Nacional de Justiça por suposta incitação golpista, considera julgamento “político” e “ilegítimo”

Sebastião Coelho || Créditos: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) e do TRE-DF, Sebastião Coelho da Silva, advogado de defesa do primeiro dos quatro réus que devem ser julgados ao longo desta quarta (13) no STF pelos atos de 8 de janeiro, iniciou sua fala na Corte mencionando “intimidação” por parte do Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

Coelho citou procedimento disciplinar de que é objeto no Conselho Nacional de Justiça e disse que Salomão, autor da abertura do procedimento, não o intimida. “Eu não me intimido com absolutamente nada. Sou idoso (…) posso morrer a qualquer momento, não tenho mais tempo para ter medo de nada.”

Sobre o julgamento de seu cliente, Aécio Lúcio Costa Pereira, nome que ele teve certa dificuldade de pronunciar, como se jamais o houvesse feito, disse que era político, e que o tribunal, o STF, era “ilegítimo” para acolhê-lo.

Após retirar-se do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), o desembargador aposentado afirmou que não estava “feliz” com  o STF; e também que o discurso do ministro Alexandre de Moraes “é um discurso que inflama”. Seria essa a razão do procedimento aberto pelo corregedor.

Ao rebater os argumentos de Coelho, as “preliminares”, como se diz no jargão, como a de que o STF seria um foro incompetente para julgar e processar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Moraes citou os parques Hopi Hari e Disney. A  ida dos “golpistas”, como ele disse, aos palácios brasilienses naquele dia fatídico seria mais ou menos, em sua ironia, como um “domingo no parque” para “quebrar uma coisinha aqui”.

A sessão foi interrompida para o almoço e seria retomada às 14h.

 

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