Fernando Haddad

Fernando Haddad || Crédito: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

De volta da África com Lula, ministro da Fazenda reduz potencial de “storytelling” de medida de taxação das offshores enviada ao parlamento

De volta de seu giro pela África com Lula e outros colegas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou à vaca fria. Mas não perdeu tempo. Nesta segunda (28), ele participou com o chefe de cerimônia de assinatura de medida provisória (MP) para taxação de super-ricos. Também anunciou que enviou ao Congresso projeto de lei para taxação de recursos investidos em offshores.

Na cerimônia no palácio do Planalto estava presente o deputado federal Arthur Lira, presidente da Câmara, que havia criticado Haddad e o governo Lula 3 por ter tentando passar a taxação de offshores no bojo do projeto que definia o novo salário mínimo, aprovado pelos meninos de Lira na Câmara na semana passada.

Lira, que tem experiência nisso, chamou o instrumento tentado por Haddad de “maior jabuti da história recente”.

De volta a esta segunda-feira, Haddad tentou eliminar qualquer vestígio de “storytelling” do projeto das offshores enviado ao parlamento. Ele disse a jornalistas, no palácio:

“Muitas vezes eu vejo na imprensa isso ser tratado como uma ação Robin Hood, revanche e não é nada disso. O que estamos levando à consideração do Congresso, com muita consideração e respeito, é aproximar nosso sistema tributário do que tem de mais avançado no mundo.”