Pesquisa que mostra crescimento consistente de aprovação de Lula 3 mesmo em antigos bastiões bolsonaristas aponta receios do brasileiro
O instituto Quaest, famoso por desenvolver método próprio de aferição de popularidade digital, cresceu ao longo da campanha eleitoral de 2022 com suas pesquisas stricto sensu feitas à soldo da corretora Genial. Agora vem perscrutando o mood do brasileiro em relação ao governo Lula.
O presidente pode soltar rojões, porque bastiões bolsonaristas vêm sucumbindo a Lula 3. No crescimento consistente de popularidade de Lula na pesquisa divulgada nesta quarta (16), Sul e Sudeste se destacam. No Sul, a aprovação à gestão atual subiu nada menos do que 11 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de junho; no Sudeste, quatro; o Nordeste permaneceu estável, com impressionantes 72%, mas houve uma derrapada no Norte e no Centro-Oeste, com perda de quatro pontos percentuais. No total, 60% dos brasileiros aprovam Lula, 35% reprovam.
2/ O crescimento da aprovação do presidente alcança até mesmo setores reconhecidamente antipetistas. Na região Sul, onde Lula e o PT são derrotados desde 2006, a aprovação subiu 11 pontos percentuais em relação a junho (48% para 59%). pic.twitter.com/W4QfpQEMZg
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) August 16, 2023
Beleza, mas a notícia talvez mais interessante dessa rodada Quaest é a preocupação do brasileiro em 2023. E o que está pegando é “crime e violência”, visto como problema grave por 96%; juros altos – olha aí, deputada Gleisi! –, 87%; e racismo, 80%. Desemprego e fake news vêm logo a seguir com 79%.
14/ A pesquisa investigou também quais são os problemas considerados maiores entre os brasileiros. É quase unânime que o crime e a violência são grandes problemas para o país (96%), assim como os juros altos (87%) e o racismo (80%). pic.twitter.com/YDgjnJAhUP
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) August 16, 2023
Espontaneamente, os entrevistados citaram como fatos relevantes de Lula 3 o Bolsa Família de R$ 600 com suplemento de R$ 150 para criança (9%); baixa dos preços (8%); e proteção da Amazônia e dos povos indígenas (4%).
Foram ouvidos 2 029 entre os dias 10 e 14 de agosto.