O Santander parece não abrir mão de seus métodos, ainda que desastrosos. Em mais um episódio lamentável, a instituição financeira foi novamente condenada por tentar burlar a contratação de um bancário. Essa é a segunda vez em menos de um mês que o banco se vê diante de uma decisão judicial desfavorável, evidenciando sua persistência em práticas questionáveis.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo foi protagonista nesse cenário, liderando uma ação que resultou na condenação do Santander. A Justiça do Trabalho não poupou críticas à tentativa do banco de terceirizar a contratação de um trabalhador, reforçando a importância do sindicato na proteção dos direitos dos empregados.
Os fatos são claros: um bancário, inicialmente contratado pelo Santander em 2008, foi transferido para a SX Tools, uma empresa do mesmo conglomerado, em 2022. Apesar da mudança, ele continuou a desempenhar as mesmas funções exclusivamente para o Santander. A atuação diligente do Sindicato dos Bancários levou a Justiça a reconhecer que, mesmo sob a roupagem de terceirização, o trabalhador manteve seu status de bancário durante todo o período.
A juíza Bruna Tercarioli Ramos, da 14ª Vara do Trabalho de São Paulo, fundamentou sua decisão na Súmula 239 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), deixando claro que a manobra do Santander não passaria despercebida. Além do reconhecimento da condição de bancário, a sentença também determinou o pagamento de horas extras, assegurando que os direitos do trabalhador fossem plenamente garantidos.
Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, ressaltou o significado dessa decisão: “Essa decisão é mais uma vitória da categoria que comprova judicialmente a farsa do Santander na contratação de bancários por outras empresas do mesmo conglomerado, para desempenhar as mesmas funções executadas anteriormente.”
A mensagem é clara: as tentativas do Santander de contornar as regras e de prejudicar os trabalhadores não passarão despercebidas. O Sindicato dos Bancários permanece ativo e vigilante, pronto para proteger os interesses da categoria e garantir que a justiça seja feita.
Esta condenação recente se junta a uma série de esforços do movimento sindical bancário contra as ações de terceirização do Santander. Desde a reforma trabalhista que legalizou a terceirização irrestrita, o banco tem buscado manobras para enfraquecer a posição dos trabalhadores, mas a firmeza do sindicato tem se mostrado um obstáculo intransponível.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo continua sua batalha pela igualdade de direitos para todos os empregados do Santander. A decisão da Justiça é um lembrete contundente de que as práticas questionáveis do banco não serão toleradas e que a busca por justiça e equidade prevalecerá.