Revista Poder

Luís Roberto Barroso

Ministro do STF é eleito cerimoniosamente nesta quarta (9) novo presidente do STF; mandato deve começar no fim de setembro, com saída de Rosa Weber

Luís Roberto Barroso || Crédito: Nelson Jr,/SCO/STF

Não houve, nem poderia haver, qualquer surpresa na confirmação do nome de Luís Roberto Barroso como novo presidente do STF. Nesta quarta (9), ele foi eleito sucessor de Rosa Weber. A ministra não só deixa a presidência rotativa do Supremo em setembro como o próprio STF, ao completar 75 anos e ter de se aposentar compulsoriamente.

Barroso, que já ocupa a vice-presidência de Rosa, será secundado por Edson Fachin. Na praxe do STF, os ministros indicam para a presidência o colega mais velho que ainda não ocupou o cargo. Barroso, indicado por Dilma Rousseff e desde 2013 na Corte, tem 65 anos.

O futuro presidente disse a Rosa que recebia “com imensa humildade” a futura tarefa e que pretendia “dignificar a cadeira [da presidência do STF]”.

O ministro, como se sabe, recentemente fez discurso considerado “inadequado”, para dizer o mínimo, por vários atores políticos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, entre eles. Por conta disso, teve seu impedimento pedido por um grupo de senadores.

A possibilidade de que o Senado examine a causa, contudo, é nula, dado o perfil moderado e conciliador de Pacheco, a quem cabe exclusivamente, como presidente da Casa, dar curso ao processo.

No tal discurso “inadequado”, proferido em congresso da União Nacional dos Estudantes em Brasília, o ministro usou o plural majestático para dizer que “nós derrotamos o bolsonarismo”. Ele tentava dessa maneira responder às vaias que vinham em sua direção.

O deslize, bastante constrangedor para qualquer membro do Judiciário, foi visto por alguns analistas como um sinal de que o ministro deve deixar o STF logo após cumprir sua “etapa” na presidência. Por esse raciocínio, ele sairia muitos anos antes da aposentadoria compulsória, no terço final do governo Lula.

 

 

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