Presente à Cúpula da Amazônia, que começou nesta terça (8), em Belém, Simon Stiell, secretário da Convenção sobre Mudança Climática da ONU, disse em entrevista ao diário Valor Econômico que considera “positivo e encorajador” verificar os esforços feitos pelo governo brasileiro para envolver nas discussões pela prevenção do apocalipse climático as “grandes nações florestais da bacia do Congo e Indonésia”.
“Florestas são simultaneamente vítimas dos impactos da atividade humana e também têm grande contribuição em enfrentar a crise através da captura de carbono”, disse.
Lula tem falado que a organização da Cúpula da Amazônia, com a participação dos países amazônicos e também das “nações florestais” da África e Indonésia, é um passo para amplificar a voz, e quem sabe tê-la unívoca, dos países prestadores de grandes serviços ambientais. Essa voz, potente ou não, unívoca ou não, será testada nas discussões da COP-28, que acontece ainda este ano em Dubai.
Stiell disse ainda que vê dada ao Brasil a “oportunidade perfeita” de liderar o tema, “com a presidência do G-20 em 2024 e a COP-30 em 2025”. A Conferência do Clima de 2025 deve acontecer em Belém, razão pela qual a Cúpula da Amazônia também ocorre na capital paraense.