Com apenas 40 anos, o advogado estadunidense Alex Spiro tem o trabalho mais difícil do mundo — ou não. Ele é advogado de Elon Musk, Jay-Z e outras figuras cujas demandas jurídicas são, para dizer pouco, intensas. Spiro, que acaba de ganhar um perfil na incensada revista The New Yorker, começou sua parceria com o fundador da Tesla apagando um incêndio provocado por Musk no Twitter — quando este ainda estava longe de ser propriedade de seu futuro cliente — ao difamar um mergulhador no episódio das crianças presas numa caverna na Tailândia, em 2017.
Musk ficou possesso com o futuro litigante por este ter chamado o submarino que o bilionário enviou para ajudar no resgate como “PR stunt” — algo como “factoide”.
Spiro, que acabou por entrar com os quatro pés na gestão do Twitter (digo, X) pós-passaralho, ganhou alguns casos ou reduziu danos de réus envolvidos em processos de enorme repercussão nos Estados Unidos. Como o tiro dado acidentalmente por Alec Baldwin num set de filmagem que vitimou um membro da equipe técnica; ou a defesa do septuagenário Robert Kraft, dono do time de futebol americano New England Patriots, acusado de solicitar serviços sexuais em local inapropriado.
Spiro se formou em direito em Harvard, mas acalentou durante muito tempo a ideia de trabalhar na área de psiquiatria, como sua mãe — o que talvez explique seu sucesso como advogado com seu atual “target”. Ele chegou mesmo a fazer graduação em psicologia em Tufts, não muito longe da Harvard.
“Há pessoas que eu conheço que me descrevem como irreverente. Penso que seja uma descrição acurada. Eu sou provavelmente difícil de lidar”, disse à The New Yorker.