Ministro Gilmar Mendes reúne autoridades do Brasil e de Portugal para fórum em Lisboa

Gilmar Mendes e Tarcísio de Freitas || Crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF/Mônica Andrade/Gov-SP

Ministro do STF organiza por meio de seu IDP fórum com ministros, presidente da Câmara e governador paulista; Tarcisão critica "judicialização da política"

Nesta segunda-feira (26), primeiro dia do 11º Fórum Jurídico do IDP, evento anual do instituto educacional do ministro do STF Gilmar Mendes sempre realizado em Lisboa, figuras centrais da política brasileira discorreram sobre populismo e o papel das big techs nos ataques à democracia ocidental.

Meio governo está na capital portuguesa. Do primeiro escalão de Lula 3, os  ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio (Defesa), Jorge Messias (AGU) e Bruno Dantas (TCU); do Congresso, Arthur Lira, presidente da Câmara e semipresidente oficioso da República; dos estados, Tarcísio Gomes de Freitas, governador de São Paulo. Há mais.

Gilmar Mendes, o anfitrião, deu o tom geral em sua participação na abertura dos trabalhos, descendo a lenha no que chamou de “populismo digital”. Ele ainda puxou sua sardinha para a brasa coletiva, ao mencionar o Poder Judiciário como principal alvo de tais populistas.

“O novo populismo evoca a democracia contra a própria democracia. O povo somente resgataria sua liberdade e retomaria a condição de protagonista se conseguisse destruir o sistema, livrando, assim, de uma elite degenerada.”

Tarcisão, por seu turno, falou da necessidade de se fazer uma “reforma política” sem, contudo, ao menos no registro da CNN brazuca, detalhar o que entende por isso. Ele falou em “crise de representatividade”, o que poderia sugerir problemas com a estrutura partidária brasileira, ou, quem sabe, dando eco subliminar para a grita de seu antigo chefe, com o sistema eleitoral e o voto eletrônico.

Com todas as vênias que lhe são peculiares, ele ainda cerrou fileiras com a direita histérica que ataca o suposto ativismo judicial. Sem usar essa expressão, disse que deve-se pensar no “excesso de judicialização da política”.