Depois de cerca de oito horas, a CCJ do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) a indicação do advogado Cristiano Zanin para o STF por 21 votos a 5. O plenário vota nesta noite a matéria.
A sabatina começou com pequeno atraso nesta quarta-feira (21), por volta das às 10h10. O primeiro indicado para o STF neste terceiro mandato de Lula pediu 30 minutos para fazer sua apresentação inicial — 10 minutos a mais do que a praxe –, e, já nos agradecimentos, fez menção à esposa, a também advogada Valeska, fazendo questão de dizer que era “casado há 20 anos” com a “mãe de meus três filhos”. E citou o nome de Lucas, Rodrigo e Rafael.
O corte homem de família seria reforçado logo em seguida com novas citações à mulher, aos filhos, aos pais, aos dois irmãos, a Piracicaba, no interior paulista, onde nasceu, cidade que, sublinhou, tem o agronegócio como motor econômico, e, regredindo ainda mais, aos bisavós imigrantes italianos.
“Desde pequeno ouvia da minha mãe ditado que vem desde meus bisavós (…) Em tradução livre: ‘É preciso esforço para crescer’.”
Em seguida fez minucioso detalhamento sobre sua carreira no direito, da época de estagiário em 1996 no Ministério Público de São Paulo até a estreia como advogado no escritório de Arruda e Thereza Alvim, quando teve “interação” com um constitucionalista que fez questão de citar, Celso Antônio Bandeira de Mello, uma das “principais referências na defesa e promoção da Constituição do Brasil”.
Zanin ainda fez menção — duas vezes — à importância da liberdade de expressão e disse de seu compromisso como “agente pacificador” entre “possíveis conflitos entre os poderes”; falou em “garantia de ambiente propício para os negócios”, “igualdade perante a lei” e do “direito à propriedade”.
E encerrou a própria apresentação reforçando o que havia dito no começo, de seu orgulho de ser advogado.
Por volta das 19h da quarta-feira, mais uma vitória: Zanin foi aprovado no Senado. Venceu com folga: 58 votos a favor e 18 contrários.