Revista Poder

Com maré a favor no Senado, CCJ sabatina Zanin no STF semana que vem

Presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre anuncia apreciação de nome de ex-advogado de Lula, primeira indicação de Lula3 para o STF

Davi Alcolumbre, Cristiano Zanin e Rodrigo Pacheco || Créditos: Reprodução/Twitter

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, senador Davi Alcolumbre (UB-AP) acaba de anunciar que reunirá a CCJ para apreciar a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF na quarta (21).

“Em reunião nesta segunda-feira (12), defini (…) que convocarei os membros da CCJ do Senado para sabatina do indicado pelo presidente da República, o advogado Cristiano Zanin, ao STF, no dia 21 de junho, quarta-feira. O relator na CCJ será o competente senador, vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo”, escreveu Alcolumbre.

As “condições objetivas” para usar o vocabulário técnico da esquerda, estão dadas. Até mesmo adversários figadais de Lula como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI) já manifestaram que “não devem causar problemas” para a aprovação do nome de Zanin.

O PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, decidiu por liberar a bancada de senadores para decidirem como melhor lhe aprouverem. A lógica dos senadores e de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é não ter um adversário sistemático no Supremo, foro para onde vão as causas que envolvem os congressistas.

Por outro lado, já fizeram questão de cantar aos quatro ventos o seu “não” figuras do estrato mais conservador, ou mais histérico, do Senado, como Eduardo Girão (Novo-CE), o parlamentar que gosta de se valer de Mahatma Gandhi como prólogo de suas intervenções; Marcos do Val (Podemos-ES), o carinha da Swat; e Damares Alves (Rep-DF), ela mesma.

O ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a serviço da transnacional Alvarez & Marsal e hoje senador pelo Paraná Sergio Moro (UB) foi bastante ponderado ao mostrar contrariedade à indicação de Zanin, a quem enfrentou como advogado no processo contra Lula na Lava Jato:

A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano”, escreveu em tuíte quando da confirmação do nome de Zanin.

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