Instituto Gustavo Rosa aposta em estratégia ESG

Crédito: Roberto Rosa

Além de preservar o legado do artista, a instituição usa a arte em projetos de inclusão e responsabilidade social

Localizado em uma esquina charmosa do Jardim Paulista, em São Paulo, o Instituto Gustavo Rosa (IGR) foi fundado em 2016 para, entre outras atividades, preservar a arte brasileira por meio do legado lúdico, afetuoso e alegre que o pintor paulistano, falecido há uma década, imprimiu em seu trabalho.

O imóvel com cerca de 500m2 onde Gustavo criava e anexo à casa onde ele morava, preserva o ateliê intacto e abriga uma exposição permanente que acompanha sua trajetória artística e inclui obras que não são conhecidos do grande público.  

Atualmente, a equipe do IGR está catalogando toda a produção do artista – 1.350 obras já foram indexadas e certificadas. O processo ainda vai demorar algum tempo para ser concluído, pois estima-se que existam mais de 4 mil delas espalhadas pelo Brasil e o mundo.

Ações ESG
O IGR também investe na arte como ferramenta e veículo de transformação da sociedade. “Somos um hub focado em ações de responsabilidade social, conectando pessoas e empresas pelos critérios da boa governança ambiental, social e corporativa [ESG, na sigla em inglês]”, diz Roberto Rosa, irmão de Gustavo e diretor presidente.

A entidade desenvolve e pode customizar projetos de educação e cidadania. Um deles é receber alunos de escolas públicas e particulares para uma experiência estética completa. Essas visitas são mediadas pelo Núcleo Educativo e, além de apreciar as obras de Gustavo, os estudantes descobrem em que contexto elas foram produzidas e colocam a mão na massa, utilizando as técnicas do pintor para criar trabalhos relacionados ao que vivenciaram. Nessas ocasiões, o IGR, em parceria com a rede hoteleira Blue Tree, oferece um lanche para os visitantes.

O instituto promove ações de humanização em ambientes relacionados à saúde – caso do Instituto da Criança e do Adolescente (ICr) do Hospital das Clínicas, que é ligado à Faculdade de Medicina da USP. Ano passado, essas iniciativas impactaram mais de 150 mil pessoas somente no ICr. Na Horizon Therapeutics, fabricante de medicamentos para doenças raras, foram feitas ações de bem-estar para portadores de Neuromielite Óptica, enfermidade que, entre outras alterações, leva à perda da visão.

Esses são apenas alguns exemplos da atuação do IGR para cumprir seu propósito: promover qualidade de vida em benefício da arte, da educação e da saúde. Ainda há muito por fazer, mas, como toda instituição sem fins lucrativos, o IGR depende de patrocínios – e se ressente da falta deles.

Nos últimos anos o grande patrocinador foi João José Oliveira de Araújo, CEO do Grupo Buritipar. E o IGR, claro, precisa de outros que também acreditem na causa. “Só assim vamos conseguir alavancar os muitos planos que temos para nos envolver cada vez mais em projetos de inclusão e responsabilidade social”, finaliza a diretora executiva Roberta Gabriel.