CEOs americanos recebem menor aumento em oito anos

Mesmo assim, os números continuam estratosféricos no olimpo corporativo. Em 2022, Sundar Pichai, CEO do Grupo Alphabet, ganhou mais de US$ 225 milhões

Sundar Pichai || Crédito: CC/WikiCommons/ World Economic Forum / Manuel Lopez

Depois uma série de gráficos ascendentes, os CEOs das 500 maiores empresas dos EUA finalmente sentiram no bolso os impactos da crise econômica.  Ano passado, seu pacote anual de remuneração teve o menor aumento desde 2015. O índice de reajuste foi de 0,9% e a mediana, de US$ 14,8 milhões.

Mesmo assim, o topo da pirâmide corporativa ainda apresenta números astronômicos: Sundar Pichai, principal executivo do Grupo Alphabet,  que é dono do Google, é um dos executivos mais bem pagos do mundo. Em 2022, seus ganhos ultrapassaram US$ 225 milhões.

Os dados são de um estudo anual da consultoria Equilar realizado desde 2011 em parceira com a Associated Press. O levantamento usa como base o ranking S&P 500 da Standard & Poors que mede o desempenho de 500 grandes empresas listadas na bolsa de valores dos Estados Unidos.

Contracheque das executivas também caiu
Das 343 empresas pesquisadas apenas 20 são comandadas por mulheres. Como se trata de um grupo pequeno, os números fogem do resultado geral. Mais de metade dessas executivas teve aumento em sua remuneração – mesmo assim, a mediana foi 6% menor que a da edição anterior.

Na base da pirâmide corporativa, por sua vez, o índice de reajuste foi de 1,3% e a mediana, de cerca de US$ 77 mil. De acordo com a Equilar, nesse ritmo, seriam necessários inacreditáveis 186 anos de trabalho para colaboradores atingirem a mediana anual de ganhos que os CEOs tiveram ano passado.