“The Economist” vê mensagem para autocratas com vitória de Erdogan na Turquia

Tayyip Erdoğan, Narendra Modi e Sheikh Hasina || Créditos: CC/WikiCommons

Para a “Bíblia” do liberalismo, reeleição do presidente turco dá corda para novos voos eleitorais de Modi, na Índia, e Sheikh Hasina, desde 2009 primeira-ministra do Bangladesh

A vitória eleitoral do presidente turco Recep Tayyip Erdogan neste domingo (28), garantindo-lhe mais um termo à frente do país, acena positivamente para outros homens (e mulheres) fortes e autocratas pelo mundo, como avalia a “Bíblia” do liberalismo mundial, o semanário britânico The Economist.

Para a centenária publicação, a quase perpetuação de Erdogan no poder – ele já vai à frente do país por 20 anos –, joga sinais alentadores para o indiano Narendra Modi, que busca ele também um terceiro termo na Índia em 2024; e para Sheikh Hasina, a primeira-ministra do Bangladesh, desde 2009 no posto, e que deve enfrentar novo escrutínio ano que vem.

A vitória de Erdogan também é celebrada pelo russo Vladimir Putin, outro que vem se perpetuando no poder. Embora a Turquia seja país-membro da Otan, mantém discurso de neutralidade em relação à invasão da Ucrânia. Mais do que isso, a Turquia vem fazendo do boicote econômico a Moscou um altissonante flop. Em novembro, 80% da importação de petróleo turco veio da Rússia.