Stiglitz chancela Lula em batalha contra juros na estratosfera

Joseph Stiglitz, Lula e Campos Neto || Crédito: CC/WikiCommons/Fronteiras do Pensamento/Jefferson Rudy/Agência Senado/Marcos Corrêa/PR

Em entrevista a CNN, prêmio Nobel de Economia de 2001 vê taxas de juros “muito, muito altas” do Brasil a enfraquecer economia do país

O prêmio Nobel da Economia de 2001, Joseph Stiglitz, oponente histórico do laissez faire econômico, disse que o presidente Lula “está absolutamente certo” em sua luta contra o Banco Central, agora autônomo, pela diminuição das taxas de juros no Brasil. Para Stiglitz, ouvido em Paris pela correspondente da CNN, Priscila Yazbek, as taxas estão “muito, muito altas” e elas “enfraquecem” a economia brasileira.

Para o acadêmico, subir taxas de juros para conter inflação, processo que também é realizado nos Estados Unidos, é “contraproducente”.

“Tenho sido muito crítico do que o Fed (banco central estadunidense) vem fazendo. Isso é desnecessário para conter a inflação.” O economista ainda se disse “surpreso” por haver, até aqui, poucas quebras de bancos, casos do SVB e do Signature, nos Estados Unidos.

“Quando o Fed aumenta os juros taxas tão rapidamente quanto aconteceu, de uma forma imprevista como foi – estou surpreso que este [o SVB] seja o único banco que faliu.”