Leilão na B3 deve destinar principal obra parada dos governos tucanos paulistas a novo concessionário
O trecho Norte do Rodoanel, que cruza áreas ambientalmente sensíveis nos limites da Serra da Cantareira, é uma herança de décadas de governos do PSDB em São Paulo. O trecho, com obras paralisadas há anos, passou os governos Doria-Rodrigo servindo involuntariamente de estrutura de lazer. Na região do Jardim Peri, em São Paulo, ciclistas se aventuravam pela escuridão de seus túneis abandonados.
Nesta terça (14), o trecho, de cerca de 40 quilômetros, vai a leilão. Nada mais à feição do governador paulista, Tarcísio Gomes de Freitas, que, quando ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro promoveu diversos leilões, chegando a ficar conhecido pela força com que bate o martelo cerimonial desses eventos.
O governador chegou mesmo a anunciar a batida de martelo em seu Twitter (veja abaixo) e reviveu uma gravação em slow motion em que parece ter usado de força desmedida no ato. O leilão chegou a subir no telhado por algumas horas na segunda (13), quando certa associação de usuário de rodovias sob concessão (Usuvias) impetrou pedido de suspensão do evento.
Bom dia! Estavam com saudade dele? Eu também! Nos veremos novamente esta tarde, na @B3_Oficial pic.twitter.com/0C5LwVgiF9
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) March 14, 2023
O Tribunal de Justiça acolheu recurso do governo paulista na mesma segunda (14), possibilitando que Tarcisio realize o leilão.
O investimento no Rodoanel é massivo: R$ 3,4 bi, sendo que R$ 2 bi para a conclusão da obra. A concessão terá validade por 31 anos.