Pacote de 20 ações é anunciado no Dia Internacional da Mulher; ministra do Orçamento, defensora histórica da pauta, indica que empregador que não cumprir regra de equidade salarial irá sofrer multa considerável
O governo federal anuncia em cerimônia nesta quarta (8), no palácio do Planalto, medidas em favor das mulheres. Aproveitando-se da celebração do Dia Internacional da Mulher, o governo Lula, conforme o próprio presidente divulgou em sua conta oficial no Twitter, “apresenta hoje mais de 20 ações pensadas por 19 ministérios, Banco do Brasil, Caixa e BNDES”. “O governo federal respeita as mulheres”, tuitou.
Entre essas medidas, a recriação do programa “Mulher Viver sem Violência”, com criação de 40 unidades de casas de atendimento e acolhimento e doação de 270 viaturas para as políticas militares estaduais incrementarem a Patrulha Maria da Penha; e a regulamentação da cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência em contratações na administração federal direta, autarquias e fundações.
Mas a medida que vem ganhando mais destaque vem sendo vocalizada pela ministra do Planejamento, a senadora licenciada Simone Tebet (MDB-MS). Em entrevista à rádio Eldorado já antecipada pelo jornal O Estado de S.Paulo, ela diz que a disparidade dos salários entre homens e mulheres, algo que já é interditado por lei, deve agora finalmente ser efetivamente combatida, com edição de projeto de lei que regulamenta a questão e impõe multa que irá “doer no bolso” do empregador que não seguir o novo ordenamento.
“Vai doer no bolso, tem que doer no bolso. Paralelo a isso nós vamos fiscalizar. Paralelo a isso nós vamos fazer campanha informativa. Paralelo a isso vamos nos colocar à disposição de grandes setores para que eles também sejam nossos parceiros”, disse a ministra, que, ao disputar a campanha presidencial de 2022, colocou como tema prioritário de sua plataforma a defesa das mulheres, incluindo a questão da equidade salarial.
Acompanhe a transmissão do evento do palácio do Planalto abaixo: