
Ter entre seus nacionais um prêmio Nobel da Paz importa pouco para o regime de Belarus. Ales Bialiatski, que recebeu a láurea em 2022 e que desde 2020 amarga o xilindró em seu país, recebeu nesta sexta (3) a sentença de dez anos de prisão. Para o judiciário do país governado por Alexander Lukashenko, aliado de primeira hora do russo Vladimir Putin, ele cometeu o crime de contrabando.
A pena deve ser cumprida numa penitenciária de segurança máxima.
Ativista pró-democracia, Bialiatski há algumas décadas documenta os abusos cometidos em seu país contra os direitos humanos. Como registrou a CNN gringa, ele fundou a organização Viasna (“primavera”) em 1996, logo após o referendo que homologou – e consolidou – o poder do ditador Lukashenko.
Autoridades de diversos países se manifestaram contra a sentença. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Barbock, chamou o julgamento de “farsa” – para ela, o bielorusso foi sentenciado assim tão duramente por conta de sua “luta longeva por direitos, dignidade e liberdade para o povo de Belarus”.