Tendo desidratado violentamente nas eleições de outubro e se tornado um partido de pouquíssima relevância no Congresso Nacional, o PSDB voltou a insistir no que um dia ficou conhecido como “terceira via”.
Ciente que a nova geografia política dos tucanos passa pelo Rio Grande do Sul, o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, convidou o governador reeleito do estado, Eduardo Leite, a assumir o timão da agremiação antes mesmo que seu mandato expire, em junho.
Leite foi ao Twitter nesta quarta (30) dizer que sim, beleza, ele concorda. Em suas palavras, manifestou “disposição de liderar a sigla” desde que essa função não prejudique “a atuação que os gaúchos esperam de mim como seu governador”.
Como é de seu feitio, ele fez essa afirmação após um preâmbulo feito à guisa de justificativa. O governador disse considerar “importante para o Brasil” a recuperação de um centro político “com agenda capaz de conciliar a urgência de políticas sociais de impacto, que promovam a igualdade de oportunidades, com a essencial responsabilidade fiscal e a modernização da máquina pública”.
Considero importante p/ o Brasil que se recupere a força de um centro político com agenda capaz de conciliar a urgência de políticas sociais de impacto, que promovam a igualdade de oportunidades, com a essencial responsabilidade fiscal e a modernização da máquina pública (segue)
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) November 30, 2022
Ah, a responsabilidade fiscal.
Araújo se manifestou na conta oficial do PSDB dizendo que a “nova Executiva Nacional”, com Leite a liderá-la, assume em 2 de fevereiro, junto com a definição das presidências da Câmara Federal e do Senado.