Revista Poder

Hamilton Mourão

Vice-presidente volta a fazer a alegria de editores e repórteres ao dar respostas espirituosas ao “Valor Econômico” e chamar período de reclusão de Bolsonaro de “retiro espiritual”

Hamilton Mourão || Créditos: Isac Nóbrega/PR

O futuro senador pelo Rio Grande do Sul e atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão, deve ser um sujeito amado por editores e repórteres. Dificilmente deixa de entregar uma entrevista saborosa quando é procurado pelos principais órgãos de imprensa do país.

Nesta quarta (16), em entrevista publicada em formato “pingue-pongue” (quando são exibidas as perguntas e as respostas), pelo Valor Econômico, diário do grupo O Globo, ele novamente não decepcionou.

Sobre a reclusão de Bolsonaro, por exemplo, ele usou a expressão “retiro espiritual”.

Uma seleta, abaixo, do que disse o “vp”:

FORÇAS ARMADAS

“As Forças Armadas se baseiam na hierarquia e na disciplina. Se elas fogem disso, viram um bando armado, que é o troço mais perigoso que tem. A política não pode estar dentro do quartel pois fere de morte a hierarquia e a disciplina. As Forças Armadas se mantiveram fora do governo, 95% dos militares que estavam dentro do governo eram da reserva.”

MANIFESTANTES DE FRENTE DE QUARTEL

“A minha mensagem [para eles] é muito clara: nós temos que viver para lutar no outro dia. Não adianta querer morrer hoje, senão não vamos viver para lutar amanhã. Viver para constituirmos uma força tremenda. Temos um capital político de 58 milhões de pessoas. Podemos em 2024, bem planejados, abraçar um bom número de prefeituras, base do sistema político, e ganhar a eleição em 2026.”

EXCESSOS DO STF

“Vejo que a nossa Suprema Corte avançou além dos limites da cadeira dela, com decisões que não estão de acordo com o devido processo legal. Tem que haver um momento em que nossos ministros entendam que estão ultrapassando. Esse inquérito das Fake News vem desde 2020, não tem prazo, não tem objeto, o Alexandre de Moraes é investigador, denunciador é o ofendido. Isso não está correto. É hora de haver uma conversa, e o Senado, que é a Casa que tem a responsabilidade, colocar um freio nisso aí.”

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