Os primeiros dias da gestão Elon Musk à frente do Twitter, acompanhados excruciantemente pelo mundo todo, podem servir de benchmark de administração de empresas em dificuldades. Ou não. Esta sexta-feira (4), por exemplo, vem sendo dedicada ao downsizing – demissões, em português castiço, que envolvem a matriz nos Estados Unidos e as operações globais, a brasileira incluída.
Talvez para justificar seus atos, ou, como veem alguns analistas, para mudar o rumo do tema negativo da conversa, Musk vem publicando bastante sobre o Twitter no Twitter. A cantilena da liberdade de expressão, o que na visão do novo controlador inclui manter na rede mesmo quem promove voluntariamente desinformação, vem sendo esgrimida por Musk tuíte sim, tuíte não.
Musk, de cara, fixou em sua conta do Twitter um postagem com um enquete capciosa. As alternativas são excludentes: liberdade de expressão x politicamente correto. A primeira vem ganhando, como era de se esperar, com cerca de 80% dos votos.
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— Elon Musk (@elonmusk) November 2, 2022
Nesta sexta-feira Musk também publicou que a receita da empresa diminui por conta de suposta pressão de ativistas sobre os patrocinadores. E logo conclui: “Estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos”.
O Twitter tem sido usado também pelos demitidos para dizer que foram… demitidos. Segundo reportou o jornal The Financial Times, alguns deles comparam o processo vivido nestes dias com tortura psicológica.