Fim da novela. Bem, com ele é difícil cravar algo definitivo. Nesta quinta (27), o bilionário Elon Musk tornou-se controlador majoritário do Twitter. Musk se viu impelido a manter sua oferta inicial pela plataforma, depois retirada, de US$ 44 bi, sob pena de enfrentar duro processo judicial.
Mas já que a aquisição era inevitável, que fosse feita com a maior pirotecnia possível. E Musk chegou chegando, demitindo o CEO, Parag Agrawal, e o CFO, Ned Segal, segundo fontes não oficiais. Parag não mudou a “bio” de sua conta no Twitter, que ainda o descreve como CEO do Twitter; Segal, pelo contrário, já se autointitula ex-CFO e “atual fã” da rede.
Musk também mexeu na sua “bio”, que agora o identifica como “Chief Twit”. Em uma de suas postagens da quinta-feira, endereçada aos “queridos patrocinadores”, ele tentava explicar por que havia comprado a plataforma. “É importante para o futuro da civilização que haja uma praça digital em que um variadas crenças possam ser debatidas de maneira saudável, sem espaço para a violência”, escreveu, em seu tom universalista.
Com o Twitter o bilionário incrementa sua campanha contra os órgãos de mídia tradicional, que vê como “agentes políticos”. Para ele, “grande parte da mídia” persegue “cliques e dinheiro” e assim abriga “extremistas de direita e de esquerda”, fazendo com que o diálogo “seja perdido”.