Paulo Guedes

Paulo Guedes || Crédito: Reprodução/FIEMG

Em esforço de campanha em Minas Gerais, ministro da Economia cujas previsões e frases são celebradas pela oposição usa argumento corporativo para desdenhar de Henrique Meirelles

Toda vez que o ministro da Economia, Paulo Guedes, decide fazer algum pronunciamento, a oposição comemora. Guedes, o homem que prometia levantar R$ 1 trilhão com a privatização, que calculou que a pandemia seria resolvida com R$ 5 bi – um erro de pelo menos vinte vezes – voltou recentemente à cena tentando negar os estudos feitos por sua pasta de desindexar o índice de inflação do reajuste do salário mínimo e dos benefícios previdenciários.

Não haveria melhor hora para a campanha oposicionista ter domínio desse dado, que, claro, Guedes desmentiu.

Pois bem, o célebre “Posto Ipiranga” viajou com seu líder a Minas Gerais nesta quarta-feira (26) e, em encontro na Federação das Indústrias de Minas Gerais, a Fiesp mineira, disse que vinha “para pedir socorro”.

Aproveitou para dardejar os adversários, satirizando, por exemplo, o ex-presidente do BC nos anos Lula, Henrique Meirelles, que manifestou apoio a Lula. Meirelles foi também ministro da Fazenda de Michel Temer e, nestes últimos tempos em Brasília, legou o teto de gastos, completamente desmoralizado com Jair Bolsonaro.

Em sua crítica, que continha inclusive uma imitação vocal bisonha de Meirelles, Guedes não se envergonhou de lançar mão de um argumento de ordem corporativa.

“É um teto mal construído. É tão mal construído que o economista… não é nem economista, o ministro aí que estão falando que vai ser do Lula, o Meirelles, nem economista é.”