Artilharia feminina de Tebet e Marina estreia em palanque de Lula

Marina Silva, Lula e Tebet || Créditos: Divulgação/PT/Ricardo Stucker

Senadora Simone Tebet faz discurso inflamado e associa Jair Bolsonaro à pedofilia, enquanto Marina Silva, mais ecumênica, realça diversidade brasileira personificada por ela e a matogrossense

A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e a senadora e candidata derrotada a presidente Simone Tebet (MDB-MS) foram as estrelas do comício de Lula nesta sexta (21) em Teófilo Otoni, no norte de Minas Gerais.

Ambas estrearam hoje, pode-se dizer, na campanha “old school” do petista, subindo no mesmo  palanque de Lula e fazendo discursos poderosos.

Marina já havia se juntado ao barco lulista há algum tempo, mas Simone veio, como era de se esperar, após ver-se eliminada do segundo turno da eleição presidencial.

Embora não tenha tornado a tal terceira via viável, a parlamentar recebeu votação razoável e brilhou nos debates de que participou.

Nesta sexta (21) ela adequou sua retórica sempre ponderada à audiência e à ocasião. Inflamada, mandou:  O “pintou o clima [expressão usada por Bolsonaro para justificar ter parado para conhecer adolescentes venezuelanas que ele supôs prostitutas] é mais do que um crime. Isso é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo. Já chamei o presidente de covarde. Não tenho medo de dizer que ele cometeu um crime.”

Marina foi mais ecumênica. Disse:

“Estamos aqui, prestem atenção: duas mulheres. Uma da Amazônia, outra do Mato Grosso. Uma mulher católica, uma mulher evangélica, uma mulher branca, uma mulher preta. Isso não nos separa. Isso nos une. É esse Brasil unido que nós queremos ver, para eleger se Deus quiser Lula presidente.”

Estava também no palanque o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), que rompeu com o governador Romeu Zema (Novo), apoiador escancarado e entusiasmado de Bolsonaro, que associou Lula à “esperança”.