Assim como em 2018, quando um grupo de 18 senadores novatos, cerca de 20% da Casa na ocasião, autodonominou-se Muda Senado e divulgou documento que previa certa linha de ação consoante com o movimento antipolítico que os elegeu, o tema da fiscalização das cortes superiores volta à pauta neste 2022.
O vice-presidente Hamilton Mourão, eleito senador pelo Rio Grande do Sul, manifestou seu desejo de enquadrar o ministro do STF Alexandre de Moraes, que ora preside o TSE. Em entrevista ao Estadão, Mourão disse que o ministro “prevarica”.
“Na minha visão o Alexandre de Moraes vem prevaricando ou até, vamos dizer assim, ele está ultrapassando o limite daquilo que é a autoridade dele”, disse Mourão. “Porque no momento que ele conduz o inquérito onde ele é investigador, ele é denunciador, ele é julgador e também é parte ofendida isso está errado. Isso tá errado. O devido processo legal não está sendo respeitado aqui no nosso país”, seguiu.
Na oportuna pergunta seguinte, sobre a abertura de processo de impeachment contra Moraes ou qualquer colega do tribunal, prerrogativa do Senado, preferiu não ser tão enfático:
“É aquela história, não é questão de impeachment, se está comprovado, há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo. Se o processo vingar, ok, se não vingar ok, também.”